Montando o prato do bebê

22 maio, 2024


Se a sua família tem uma alimentação saudável, boas notícias: a comida do bebê pode, desde o início, seguir o cardápio da casa, sendo necessário apenas adequação no sal, temperos e consistência dos alimentos.

No entanto, se a sua família tem uma alimentação não tão saudável outra boa notícia: essa é uma oportunidade muito boa de melhorar os hábitos alimentares de todos! Nunca é tarde para experimentar novos alimentos e aumentar a variedade e qualidade do cardápio!

 

No momento de pensar no cardápio do bebê é preciso lembrar da importância:

a) da diversidade de alimentos, que irá ajudar a criança a criar um vasto repertório alimentar e a receber uma alimentação mais rica em nutrientes.


          b) da qualidade da comida. É importante priorizar apenas alimentos in natura ou minimamente processados, dando preferência aos que estão “na época”, que são mais baratos e saborosos, e aos orgânicos, livre de agrotóxicos. O bebê não deve receber alimentos ultraprocessados, como salsicha, nuggets, presunto, salgadinho, macarrão instantâneo, biscoito recheado, etc.

 

O prato do bebê deve conter pelo menos um alimento de cada um dos grupos a seguir: feijões/leguminosas; cereais/raízes/tubérculos; proteína animal: carnes/ovos; hortaliças/legumes/verduras.

 As frutas também não podem ser esquecidas, elas devem ser oferecidas como sobremesas e lanches! 



Fonte: SBP, 2022. Guia Prático de Alimentação. Crianças de 0 a 5 anos.



Ministério da Saúde, 2021. Guia Alimentar para Crianças Menores de 2 anos.


IMPORTANTE: sabemos que no dia a dia muitas vezes é difícil oferecer um prato completo. Se isso acontecer, não tem problema, aproveite para oferecer no lanche um alimento do grupo que não foi oferecido e priorize ele na refeição seguinte.

  

Observações:

v Caso haja mais de um alimento de um mesmo grupo alimentar, por exemplo, arroz (cereal) e batata (raízes e tubérculos), pode-se colocar um pouco de cada;

v Verduras e legumes: podem ser oferecidos vários tipos em uma mesma refeição;

v Ao longo da semana, é importante variar os alimentos oferecidos dentro de cada grupo;

v Na hora de montar o prato, deixe os alimentos separados, sem misturar, assim ele ficará mais bonito e atraente e a criança terá a oportunidade de aprender os diferentes sabores, cores e texturas dos alimentos;

v Um prato com alimentos de diversas cores é mais nutritivo;

v Alimentos redondos e lisos, como uvas e tomate cereja devem ser cortados longitudinalmente para evitar o risco de engasgo;

v  A comida do bebê não deve ter sal adicionado até que ele complete 1 ano;

v O bebê não deve ingerir açúcar até completar 2 anos.


 


 

Qual a melhor bebida para uma criança?

15 maio, 2024


Sem dúvida é a água! 

Ela deve ser oferecida às crianças várias vezes ao dia, nos intervalos entre as refeições. O ideal é que a criança sempre leve uma garrafinha de água quando sair de casa. Se a criança tiver dificuldade em consumir a água, ela pode ser saborizada com gotas de limão, rodelas de laranja, hortelã, alecrim e outras especiarias.

Algumas crianças preferem água gelada e outras em temperatura ambiente! Descobrir essas preferências pode fazer toda a diferença na aceitação! A água também pode ser oferecida durante as refeições, mas em pequena quantidade para que a criança não encha demais a barriga de água e perca o apetite!

Beber água é um hábito saudável que depois de adquirido pode ser levado para toda a vida!




IMPORTANTE: no caso de bebês, o melhor alimento é o leite materno! Até os 6 meses o aleitamento materno deve ser exclusivo, sem oferecimento de outros líquidos como água, chá, suco, água de coco, etc. Caso o aleitamento materno não seja possível, é recomendado o oferecimento de fórmula infantil adequada ao momento de desenvolvimento. 

Após os 6 meses, o leite materno continua sendo muito importante para a saúde do bebê, juntamente com o oferecimento da alimentação com complementar. O aleitamento materno deve ser mantido pelo menos até os 2 anos de idade se for viável e desejado pela mãe e pelo bebê.


Mas e os sucos?


Os sucos, apesar de parecerem boas opções para a infância, devem ser evitados, principalmente durante a introdução alimentar.
Abaixo alguns dos principais motivos:


- Um suco, no geral, oferece porções que equivalem a várias frutas, o que aumenta a ingesta calórica diária com pouca sensação de saciedade, podendo levar ao ganho excessivo de peso;

- O suco oferece apenas o açúcar da fruta (frutose) e retira as fibras que regulam a absorção rápida e o pico glicêmico e ajudam no funcionamento intestinal do bebê;

- O organismo do bebê ainda está em programação metabólica. Ao ingerir o suco, a grande quantidade de açúcar recebida muito rapidamente faz com que o seu pâncreas libere insulina em excesso, o que pode levar futuramente à problemas de resistência a essa insulina;   

- A ingestão do suco pode atrapalhar o apetite do bebê para o consumo de suas refeições;

- A criança que se acostuma a beber suco, tende a rejeitar a água


Dessa forma, é mais prático e saudável deixar as frutas para serem comidas inteiras e a água para matar a sede e hidratar o bebê!

Mas calma.... tudo bem se a criança ingerir suco (natural e sem açúcar) em eventos especiais! Na casa da avó, em eventos e passeios! Só não é aconselhável que faça parte da rotina! 


Para finalizar, vale lembrar que todas as bebidas industrializadas não devem ser oferecidas às crianças: refrigerantes, sucos em pó, achocolatados, etc. Café e chás com cafeína (preto, verde, mate) também não são adequados para o consumo infantil.